sábado, 28 de maio de 2011

Projeto Escrita - Pesquisa com tema N/2

Namoro na Adolescência –

Um dos maiores motivos de divergência entre pais e filhos, na adolescência, encontra-se descrito em duas palavras: relacionamento amoroso.
Quando o filho vivencia a fase da adolescência, os pais acham que ainda não chegou à hora certa para construir um relacionamento com outra pessoa (namoro). Em decorrência da reprovação dos pais, os filhos passam a fazer coisas as escondidas, e, em virtude da proibição, acabam adotando comportamento rebelde diante dos pais, encontrando, na maioria das vezes, como alternativa, conversar com os amigos – estes servem como uma espécie de diário – sendo intitulado de muito confiáveis! Geralmente estes (os amigos) possuem a mesma faixa etária; sendo assim, os conselhos dados pelos mesmos não devem ser encarados com tanta seriedade.
Sabe-se que a adolescência é uma fase muito complicada da vida, e que os adolescentes passam por mudanças bruscas; no momento só querem saber de diversão, nem sempre optando pela decisão mais sensata.
O que realmente ocorre é que para os pais, seus filhos nunca crescem - sempre serão pequenos como ao nascer. Acham que não têm responsabilidade para resolver seus problemas sozinhos, querem sempre tê-los sobre o calor e carinho de suas “asas”.
Os pais têm um pouco de razão nisso, eis que a única intenção é proteger os seus filhos, resguardando-os das enrascadas da vida, sobretudo dos vários problemas que uma vida a dois pode proporcionar. Contudo, é importante encontrar o limite para essa “super-proteção”, pois em considerável parcela das ocorrências, esta acaba sendo encarada, pelo adolescente, como uma verdadeira “prisão” (tiram a liberdade dos filhos, uma das coisas mais importantes e desejadas por eles), e quando o adolescente precisar encarar a realidade não saberá se defender sozinho, ou seja, os pais acabam contribuindo para a “confecção” de um filho totalmente dependente, sem iniciativa, e, sobretudo, desprevenido para com os problemas do mundo moderno.
Frise-se que em um relacionamento a dois, a idade não tem grande importância, pois, na realidade, o ingrediente necessário para que este seja saudável é a maturidade, haja vista que existem pessoas com mais de trinta anos que não prosperam em seus relacionamentos e, paralelo a isto, jovem com quatorze/quinze anos que desfrutam de um relacionamento duradouro.
Sendo assim, na tentativa de que os relacionamentos entre pais e filhos adolescentes se tornem os mais prazerosos possíveis, é de grande importância que os pais passem a compreender que o adolescente, assim como qualquer outro ser, precisa de liberdade, não sendo viável “prendê-lo” na vã ilusão de que assim o impossibilitará de desfrutar a vida, pois não irá impedi-lo. O filho, por sua vez, necessita entender que os pais desejam apenas o seu bem, e que é necessário dar tempo ao tempo.
Pais & Filhos

Projeto Escrita Letra N/1 =Tema

Narcotráfico no Brasil

Por Thais Pacievitch
Refugio para traficantes em fuga, rota de distribuição de drogas para a Europa, provedor dos materiais químicos para a produção, base para a lavagem de dinheiro e mercado para o consumo. Em todos os aspectos do negócio do narcotráfico, o Brasil aumenta sua participação mais rapidamente do que as tentativas de combate ou fiscalização. No Brasil, muitos narcotraficantes acharam um lugar ideal para suas operações. Exemplo disto foi Juan Carlos Ramirez Abadia que, antes de ser preso, ficou no anonimato durante dois anos, período em que abriu 16 empresas, dentre as quais, concessionárias, venda de computadores, piscicultura, blindagem de carros, adegas, etc.
Por ter proporções continentais, fiscalizar o narcotráfico no Brasil não é nem um pouco fácil. Afinal, este é um país que faz fronteira com dez países, três dos quais são produtores de cocaína (Bolívia, Peru e Colômbia), fronteira com o Paraguai, que produz maconha e cocaína  em menor quantidade. O Brasil tem uma fronteira seca de 16.400 km e uma costa marítima de 7000 km, portos e aeroportos com uma logística enorme para transportar cargas e pessoas para o mundo todo, o maior centro financeiro da América Latina e uma população com mais de 180 milhões de pessoas.
A cocaína e a heroína colombianas que tem como destino a Europa passam pelo Brasil. Apenas o porto de Santos transporta por ano 75 milhões de toneladas, neste contexto, algumas dezenas de toneladas destas drogas são difíceis de encontrar como uma agulha num palheiro.
Bolívia, Peru e Colômbia não possuem as plantas necessárias para produzir os produtos químicos (éter e acetona, entre outros) utilizados no refinamento da base de cocaína. Já o Brasil possui uma indústria química enorme e, aqui, é muito fácil montar uma empresa de comercialização de diversos produtos químicos sem a menor fiscalização. Isto foi um fator decisivo para atrair a atenção dos narcotraficantes para fazer do Brasil um lugar de processamento e exportação da droga.
A droga consumida no Brasil não é a colombiana, muito pura e destinada a mercados com maior poder aquisitivo. Aqui se consome a maconha paraguaia e a cocaína oriunda da Bolívia. Estas drogas entram no país através de pequenos aviões e caminhões.
Hoje, o Brasil processa, importa e exporta diversos tipos de drogas, portanto, tornou-se um centro de produção e consumo. O Brasil também é um provedor de novas drogas alternativas e constitui uma peça importante na engenharia internacional do narcotráfico.

Projeto Escrita - Pesquisa com temas da - Letra N/1

Eneida blogspotEscola: Avaliando a Língua Portuguesa ...

Eneida blogspotEscola: Avaliando a Língua Portuguesa ...: "0 Português são dois. Ou vários Uma enorme e complexa polêmica foi criada em torno do livro Por uma Vida Melhor , distribuído pelo MEC. ..."

Avaliando a Língua Portuguesa ...

0 Português são dois. Ou vários

Uma enorme e complexa polêmica foi criada em torno do livro Por uma Vida Melhor, distribuído pelo MEC. A importância desse debate, no entanto, está na oportunidade de clarear questões linguísticas e pedagógicas capazes de promover uma mudança positiva no ensino de língua. E não nas críticas aferradas.

     É sabido que a universalização do ensino trouxe aos bancos escolares as classes populares que antes não tinham acesso à educação. Quem frequentou a escola pública dos anos 70 deve se lembrar de que a escola era para a elite e era a elite que ensinava nessas escolas. Naquela época, vínhamos de casa já falantes da norma padrão. O cenário, hoje, é outro; e os atores vêm de famílias compostas por, muitas vezes, nenhum ente alfabetizado. É obrigação da escola ensinar a norma padrão? Indubitavelmente, continua sendo. O fato é que Drummond estava certíssimo: “O português são dois: o outro, mistério.” É nessa constatação que nós, professores de português e linguistas, nos baseamos para defender a ideia de que há várias línguas portuguesas, ou brasileiras, habitando o mesmo espaço.

     Para um aluno que chega à escola, falante de uma variante linguística de ordem diastrática (nível social), e que faz uso, para se comunicar, de frases como “nóis pega os peixe”, é improdutivo exigir que compreenda e apreenda as regras da gramática normativa de uma hora para a outra. Parece simples, “Você fala errado! Não importa que seus amigos e sua família se entendam nessa língua. O certo é ‘nós pegamos os peixes’”. Isso não funciona. Basta verificar a atuação pífia de nossos alunos nos instrumentos de avaliação. Esses alunos integram o imaginário coletivo de que a educação é a única ponte possível para se chegar à tão sonhada e necessária mobilidade social. E, de fato, deveria ser.
     É compreensível que o olhar daqueles que não enfrentam o dia a dia da sala de aula e tomam por base os resultados vergonhosos do Brasil, em exames como o PISA, seja mesmo de indignação. Mas a questão é bem outra.
     A verdade é que o aluno precisa, sim, saber que a variante de que ele faz uso não é “errada”, que essa língua de que ele se utiliza, sistematizada e interiorizada por seu grupo social, é válida. Mas é apenas uma das tantas modalidades linguísticas que um país deste tamanho possui. A norma padrão também era uma variante e foi escolhida como padrão por ser a variante linguística do grupo que gozava de melhor condição socioeconômica. Coexistiam as variantes e ainda coexistem. Não há necessidade de eliminar uma para que a outra seja única. É um olhar míope sobre nossa realidade linguística.
     Enfim, ensinar, de início, norma padrão a alunos cuja biografia linguística abarca outra variante é o mesmo que, grosso modo, ensinar as regras da língua francesa a falantes de espanhol. Ninguém entende ninguém. E o resultado é o que temos, o fracasso do ensino da língua. O conceito está corretíssimo. Equivocado é o caminho percorrido. A norma padrão, cujo ensino é, sim, obrigação da escola, deve ser o ponto de chegada e não de partida. Essa é a grande questão. O ensino da língua deve partir da observação e do entendimento da variante do aluno para a reflexão e a apreensão das normas da língua padrão.
     Esse livro não é o absurdo que parece ser. Absurdo é cortar a voz de um povo e classificá-lo como melhor ou pior pela variante que usa. Absurdo é o professor, que professa diariamente nos mais diversos rincões deste país, não ter formação e valorização necessárias para a reinvenção de suas práticas pedagógicas e dos caminhos a serem percorridos para o ensino efetivo da língua. Isso, sim, é um crime!
     Texto de Carmen Valle, professora mestre de Português e doutoranda em Letras pela Universidade Mackenzie-SP. E-mail: clbvalle@uol.com.br